Tenho 21 anos (não 32, como alguns teimam em dizer), então não faz muito tempo que deixei de ser criança. Mesmo assim, com o mundo mudando tão rapidamente, muitas das coisas que eu fazia na infância já não são mais feitas.
Um exemplo? Comer sorvete-seco. Arrisco dizer que mais da metade das crianças de hoje não sabe o que é sorvete-seco. Marcou minha infância. Eu tinha um colega que queria ganhar na mega-sena só para comprar um milhão destas guloseimas e encher a casa dele até o teto. E eu pedia para ele dividir o prêmio comigo se ganhasse.
Futebol de botão. Qual menino hoje joga futebol de botão? Lembro daquela coleção com jogadores clássicos. Os adesivos com o número da camisa e o símbolo, mas que sempre desgrudavam. As goleiras que não paravam no lugar e os dedos que ficavam esfolados de tanto jogar. Às vezes tinha até narrador. Hoje não tem mais.
Esta mudança não é exclusividade da nova geração. Eu também não brinquei com a maioria dos brinquedos que meus pais brincaram, então tudo bem. Fazer o quê? Só posso acabar o texto, voltar para o meu SuperNintendo e matar a saudade.
Esse foi mais um texto da minha nova coluna no jornal Arauto, toda terça-feira.
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